Nesse contexto fizemos uma experiência que a primeira vista soa como uma grande loucura! Em 2006 três jovens, sendo uma menina (não por ser mulher, mas pela incomum parceria de dois rapazes viajando com uma leyde), se dispam a caminhar o máximo que pudessem dos 400 km que ligam o município de Tambaú (SP) ao Santuário de N.Sa. Aparecida (SP), por uma caminho de peregrinação chamado Caminho da Fé.
Leonardo De Laquila, Osvaldo Bruno Meca e Natalia Ruiz! Digamos que pela pouca experiência de caminhada, todos andaram muito bem! Foram 320 km no total.
Esse foi o único vestígio da caminhada de 2006 foi encontrada na sede do Caminho da Fé. Saímos de São Paulo sem um bendito filme para a máquina fotográfica (câmera digital era uma coqueluche da qual não dispúnhamos), e amos a viagem inteira falando “na próxima cidade vamos comprar filme">Já viram o resultado! Estamos na foto do meio na primeira fileira da direita – encontre-nos se puder! rsrsrs
Essa experiência não parou por aí. Formamos muitos outros grupos para fazer esse caminho. 2007, 2008, 2009… todos os anos saíam ao menos uma equipe para fazer essa experiência, que muito mais do ser apenas uma caminhada, é sobretudo exercício de simplicidade, desapego e superação. Com um grupo grande é mais difícil percorrer os 400 km (quem sabe um dia), mas estamos contentes com os 150 km do trecho final entre Luminosa à Aparecida.
Sempre com o espírito de cumplicidade, onde todos devem estar atentos e dispostos ao cuidado de um para com o outro. Devemos lembrar que esse caminho não é feito apenas de retas.
São incontáveis montanhas, inclusive as da Serra da Mantiqueira, de beleza impar, que nos presenteiam com panoramas deslumbrantes para os olhos e para a alma. Existem pedaços de subidas e descidas inclinadíssimas, o que isso exige mais da condição física e, sobre tudo, da psicológica, que são fundamentais para um bom caminhar.
E é aí que encontramos os porquês de nos permitirmos esse tipo de aventura.
No mundo moderno estamos acostumados a ter tudo pronto, e isso nos distancia cada vez mais da importante experiência de enfrentar dificuldades e superar barreiras.
Sejam as retas intermináveis…
.. ou as subidas que no fim nos mostravam o quanto valiam a pena serem vencidas!
E a chuva então… O Kito ou a viagem inteira reclamando do calor de 35º, mas quando veio a chuva…
Não há pé que não pegue bolha!
O fato de encontrarmos quase tudo pronto e vivermos em uma sociedade costumeiramente apressada nos condiciona facilmente à perda de virtudes como paciência, despojamento e sentimento de coletividade, pressupostos essenciais para quem almeja caminhar.
Uma coisa é caminharmos 10 km. Outra é caminharmos 20, 25, 30 km por vários dias seguidos, sem ter nossas seguranças diárias: nossa casa, nossa cama, nosso chuveiro… NOSSO BANHEIRO!!!
Então escolhemos trabalhar as únicas certezas que temos: a de que tudo é incerto e a de que só Deus prevalece.
Caminhar com o objetivo de se conhecer de forma a tirar as máscaras que utilizamos diariamente…
Criar laços ao invés de nos fecharmos no individualismo…
E de sermos firmes para alcançar nossos sonhos…
Muitas histórias se aram nesses anos de caminhada. A certeza que sempre fica é a de que o Homem é dotado de um potencial enorme de superação e que unidos somos mais fortes!
E se Deus estiver junto…
Ninguém nos segura!
Você que já esteve conosco, compartilhe aqui seus sentimentos e a sua história favorita!
Paz e bem!
MJD BR- Movimento Juvenil Dominicano do Brasil
Caminhadas são um bom exemplo de que tudo pode acontecer. Me lembro bem na ida até Aparecida em que caminhávamos Gabi, Mozart, Ju e eu, quando derrepente a Ju começa a se sentir mal. Mozart a amparou, enquanto eu carregava a mochila dela e a Gabi dando apoio moral. Todos cansados e preocupados com ela, até que ela pediu pra parar pois não aguentava mais. Nessa hora encontramos a Mari que se dispos a ajudar e quando achávamos que tudo estava perdido, eis que aparece o Léo dizendo: " Calma galera, já arrumei um local para dormirmos. É logo ali!". Nesse momento aquele UFAAAAAA veio a tona.Bons momentos, boa viagem e, principalmente, irmãos a toda hora.
É, realmente, é bem emocionante. Tudo a em nossa cabeça, principalmente DESISTIR! mas mesmo pensando, algo nos move a continuar, até chegarmos ao fim, Aparecida!É uma experiência incrível!