Por Thamires Ramalho
Quando lemos a Bíblia, podemos ver a história de vários heróis da fé, pessoas que pagaram um preço e que abriram mão da vontade da sua carne para ficarem próximos de Deus. No dia 31 de Agosto, seguindo o exemplo de grandes homens de fé, o MJD – Porto seguiu em uma Caminhada Orante de Natividade (TO) ao Senhor do Bonfim (TO) – cerca de 23 km -, em uma concentração de fé e reflexão, buscando ver a “face” do Pai.
Durante todo o percusso, buscamos contemplar as maravilhas que Deus fez em demostração de amor e carinho por nós, mas que por muitas vezes am despercebidas. Procuramos fazer 30 minutos de reflexão, alguns ficaram incomodados com a presença do seu próprio eu e logo começaram a conversar, outros usufruíram deste momento, buscaram refletir sobre o propósito que Deus tem para a sua vida; alguns choravam, outros sorriam e outros permaneciam em silêncio, cada um com a sua particularidade, mas caminhando em unidade com um único propósito.
Chegar ao Bonfim foi uma grande alegria, sentimos que quando colocamos a nossa vida nas mãos do Senhor tudo podemos. No momento de partilha cada um pode expressar o que esta peregrinação acrescentou na sua vida espiritual. Alguns dos depoimentos estão a seguir.
Momento único, especial. Momento este em que apesar do cansaço físico e das dores que sentimos, acho que mesmo assim nos sentimos renovados espiritualmente. Para mim essa experiência aumentou a minha ESPERANÇA. Esperança essa em que ainda, apesar do mundo em que vivemos estar nos distanciando das pessoas, eu tenho com quem contar nos momentos de fraqueza, nos momentos em que as minhas próprias pernas não querem mais responder as minhas vontades. Assim, hoje eu sei que a minha família vai muito além dos meus pais, meu irmão, meus primos e primas, tios, avós etc., que são minha base. E aí entra em cena a minha mais nova família, meus irmãos DOMINICANOS. E foi a esperança que me moveu nessa caminhada, porque como diz o ditado ‘’ há uma luz no fim do túnel’’, para nós havia uma luz no fim da estrada e nós estávamos em busca desta luz. Porque era nessa luz que estava a nossa zona de conforto, e quando essa luz foi vista a esperança aumentou, mas em pouco tempo essa luz sumiu e aí veio um desânimo, e com a força de quem estava em nosso lado essa esperança ressurgia. Assim não desistimos do nosso objetivo e conseguimos alcançar a luz. Obrigado pelo excelente final de semana. – Augusto Sumenssi.
Obrigado, Senhor, por ter nos acompanhado na nossa caminhada orante, um momento onde fizemos várias reflexões da vida, o quanto nossa vida tem valores importantes. Não falo de valores em questão de dinheiro ou algo do tipo. Os valores ao qual eu me refiro são nossas famílias, nossos amigos, pessoas que fazem parte da nossa vida, e de alguma forma têm sua importância. As pessoas que de alguma forma contribuem para sua felicidade, que fazem parte sim de sua família. Não família de sangue ou com algum grau parentesco, mas a família que a vida te fez criar ao longo da vida, a família que sempre estará ali nos momentos difíceis. Essa experiência foi única em minha vida, muitas brincadeiras, momentos de descontração, momentos de felicidade. Obrigado a todos que estiveram comigo naquele momento. Eu agradeço a todos que fazem parte da minha vida, e que estão sempre dispostos a me ajudar nos meus momentos de dificuldades. – Arthur Pereira.
UNIÃO. Uma palavra simples, mas que significou muito na Caminhada Orante.
UNIÃO, como jovens dominicanos;
UNIÃO, em se preocupar com o outro;
UNIÃO, capaz de estender a mão para um amigo;
Enfim, UNIÃO que me ajudou a chegar ao Santuário do Senhor do Bonfim – SEM DORES. – Ir. Daniele Ramos
Sentia saudades do quanto era bom viver em Cristo, pra Cristo e com Cristo. Agradeço a oportunidade que tive de estar com todos, pelo convite que me foi feito e de cada pessoa nova que pude conhecer. Obrigado, meu Deus, por tudo. Meu nome é Rafael, um jovem que está de volta à vida maravilhosa. – Rafael Pacheco.
Foi a minha primeira Caminhada Orante, não apenas com o grupo, mas de toda a minha vida. Nunca imaginei que eu tivesse a capacidade de caminhar 23 km, porém fui surpreendida com a minha força, com a força de Deus em mim e com a minha fé. Apesar de estar com os pés machucados antes mesmo de começar a caminhada, eu não desisti, pois o meu objetivo me impulsionava. Aproveito o momento para agradecer aos meus amigos, Laianne Juliati, Giovanna Araújo e Yves Michel. Obrigada pelo companheirismo e pelos momentos que amos juntos, foi de extrema importância o companheirismo de vocês para que eu concluísse o trajeto. Uma outra experiência maravilhosa foi ter conosco o meu amigo, Rafael Pacheco. Talvez foi justamente com este propósito que Deus me colocou em meio a este grupo (que hoje é a minha família) e em meio a esta caminhada. Por providência divina, eu o convidei e hoje sei o quanto este convite fez-lhe feliz. Obrigada, Rafa, por ter aceito este convite de Deus. Obrigada, Deus, por ter me concedido tantas graças e ter colocado ao meu lado pessoas tão especiais que me motivaram a ir pra frente. – Thamires Ramalho.
As propostas que surgem nas nossas vidas nos deixam sempre cheios de apreensão e ao optar pela adesão, eis que surge a pergunta: qual a consequência disso? E, em meio a tantas perguntas do tipo, pensamos em diversas possibilidades, que colocam em xeque a coragem.
É preciso dar um novo primeiro o, e assim iniciar uma nova caminhada, essa que nos permite nos conhecer mais, olhar para dentro de si, e descobrir quantas joias preciosas carregamos consigo. Mas, para isso, é preciso revirar o fundo do baú e refletir nossas atitudes, o que temos feito até agora, onde queremos chegar; notar o quanto estamos sendo superficiais ao viver a nossa vida. Viver a vida é viver com emoção, é se jogar sem medo em um novo projeto que nos permite ir no mais profundo desse baú.
Dessa forma, a vida se torna mais saborosa e nos faz ter mais vontade de viver; a partir daí descobrir uma fortuna incalculável, que carregamos dentro de si – cada um tem a sua. O baú da vida é um tesouro, que esconde jóias que nada desse mundo compra, como o Amor, a Caridade, o Carinho, a Humildade, a Simplicidade, dentre outras; e que não tem valor se ficarem guardadas, precisam ser usadas.
Devemos ser tementes a Deus, e não à proposta que ele nos apresenta. Não temer! É algo imprescindível para começar a aventura. Dessa maneira, os primeiros os vão sendo dados, tímidos e desconfiados. Tão superficiais, que logo vem a poeira e cuida de escondê-los; mas a curiosidade de conhecer essa nova proposta vai nos desafiando; acordando a coragem de pisar mais firme. Por isso, fui firmando o o juntamente com aqueles anjos que Deus colocou ao meu lado para me darem força.
Aos poucos, e a cada pedaço de estrada contemplado e percorrido, fui me descobrindo.
Nos primeiros os, conheci a amiga fé que estava caída e empoeirada. Me pediu ajuda, pensei, olhei para mim todo limpo, e enquanto pensava, ela disse “eu vou ajudar vocês chegarem ao final desse percurso”. E logo convidei os amigos que caminhavam juntos a erguermos a fé, e a levamos conosco. Após caminhar outro trecho, a beira da estrada estava uma companheira da fé, a superação; a fé nos apresentou e trouxe para caminhar conosco.
Continuamos o percurso, e diante de uma paisagem cheias de arvores secas, paramos para reabastecer as garrafas de água. E. ali, encontramos o amor, que ficou sabendo que iriamos ar e tinha acabado de desenhar uma nuvem, no formato de coração para nós. E falou que aquelas árvores secas são como nossa vida, quando amos por momentos difíceis, e completou dizendo “que tudo vem no tempo certo”; tudo a e logo vêm as flores e os frutos. E ele falou que está sempre na estrada da vida, para ajudar as pessoas, mas que elas am e pouco importam com ele. Convidamos e ele veio caminhar conosco.
O sol se foi e nos entregou uma noite linda estrelada, e assim chegamos ao momento mais difícil da caminhada, quando paramos em um riacho e lá estava sentada em uma pedra a amiga unidade, que nos recebeu e pediu para caminhar conosco e prontamente aceitamos. Rezamos juntos e ela permaneceu firme conosco.
Seguimos; e após algum tempo caminhando, encontramos o silêncio que nos aguardava com a caridade, a humildade, e a simplicidade, que nos acompanharam. Ao final dessa etapa da caminhada que continua, encontramos a felicidade, que já nos aguardava no final do percurso. E esbanjando a sua maior característica, a ousadia; ela nos apresentou o nosso guia para a nova etapa da caminhada, o Eu Missionário. Pediu que cuidadosamente não nos perdêssemos dele, pois ele é o único que pode manter todos esses amigos que encontramos na estrada juntos.
Por fim, não podemos parar por aqui, muitas coisas devem ser feitas para cativarmos esses amigos, gozar do valor dessas jóias, que carregamos no nosso baú da vida e até mesmo nos atentar que a caminhada não terminou, apenas mais uma etapa foi concluída. Após essa bela contemplação do amor que Deus tem por nós, sejamos missionários. E de forma ousada vamos caminhar a nova etapa: A Missão.” – Yves Michel.
Quando estávamos retornando para Porto Nacional, convidamos os peregrinos que ainda não eram membros do MJD para tornarem-se. E estes aceitaram o convite de se juntarem ao grupo e se tornarem dominicanos. Talvez este tenha sido um dos motivos que Deus nos trouxe a esta caminhada, para poder cativar mais jovens com o carisma dominicano. Dominicanos: O nosso claustro é o MUNDO!