por frei Bruno Cadoré, OP
Com alegria, nesta celebração de abertura do Jubileu Dominicano da Ordem dos Pregadores, envio minhas saudações a todos e todas: frades, irmãs e leigos dominicanos. E é para mim uma alegria fazé-lo da Basílica de Santa Sabina em Roma, a que foi entregue a São Domingos pelo proprio Papa. Isto, sobretudo, pelo fato de que Santa Sabina é o lugar no qual a pregação de Domingos tem suas raízes.
Domingos amava rezar aqui, amava contemplar e falar com Deus, amava deixar que os mistérios da vida de Cristo habitassem sua própria vida. Conforme a tradição, ele também amava falar com Deus das pessoas, homens e mulheres, que tinha encontrado e às quais tinha comunicado o Evangelho da Paz. Nesta sua conversação com Deus ele encontrava a força para voltar a sair, para continuar sua pregação.
Como se pode ver num mosaico de Santa Sabina, andar em pregação significava para ele pregar a unidade: a unidade entre os circuncisos e os gentios; a unidade entre aqueles que têm fé e os que não a têm; a unidade entre todos, porque todos somos capazes da mesma comunhão. Isto é o que Domingos queria anunciar. Ele encontrou a motivação para fazé-lo a partir da visão que teve de Pedro e Paulo, na qual Paulo lhe tinha entregue a Escritura, a revelação da unidade e do desígnio de Deus, e Pedro lhe tinha entregue o cajado do peregrino, para que pudesse andar. Então São Domingos abre a porta e parte!
O Jubileu da Ordem consiste nisso: ele abre a porta (de Santa Sabina), a contempla, e nela vê a primeira representação da crucifixão. Pregar o Evangelho da Paz significa pregar a vida dada em abundancia por um Messias crucificado. Domingos, então, parte e vai ao encontro de todos e todas, junto aos quais Cristo o precede.
Um lema para este Jubileu: vá e prega!