Inscrições abertas para o IV Encontro Nacional do MJD

Com muita alegria o MJD abre as inscrições para o seu IV Encontro Nacional de jovens dominicanos. Dessa vez o encontro será em Curitiba (PR), no colégio Nossa Senhora do Rosário, de 21 a 24 de abril, incorporando a celebração de 800 anos de histórias da Ordem dos Pregadores – o nosso Jubileu Dominicano. Ao final do encontro, também celebraremos a renovação de compromisso dos companheiros do MJD-Curitiba.

INSCRICOES ABERTAS EN 2016-01-01

Mas, por que um encontro de jovens para celebrar o Jubileu?

São séculos ininterruptos de serviços de um grupo de amigos, uma verdadeira família de São Domingos, que no espírito apostólico dos primeiros cristãos, entregaram e ainda entregam, as suas vidas ao anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo:  

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor.»

Lucas 4,18

Muitas pessoas contribuíram e outras tantas ainda contribuem na reflexão e aprofundamento dos caminhos tomados pela Igreja, sejam eles catequéticos, filosóficos, teológicos, espirituais, políticos.  Personagens que por toda história da humanidade, inflamados e decididos pelo apostolado de Jesus, se põem a serviço do Reino.

Hoje, nós jovens também somos convidados a participar dessa história. Não como meros expectadores, mas como agentes de transformação de nossas realidades, segundo as nossas capacidades. Como frequentadores assíduos da realidade do anúncio da Boa Nova, devemos tomar parte de nossa responsabilidade de pregadoras e pregadores dos sonhos de Jesus. E como dominicanos, fazemos isso a maneira de São Domingos, que buscava se tornar “como um outro Cristo”. Unindo-se a nosso padroeiro, também queremos tornar possível o Reino de Deus aqui e agora. Por vezes, nos sentimos pequenos diante de tamanho desafio. Mas quando em família, apoiados por uma tradição de 800 anos, percebemos que muito daquilo para que somos desafiados, já foi encarado em algum momento da vida da Ordem. Assim devemos olhar para o futuro sem tirar os pés de nossa tradição e perceber que a juventude, estágio temporário da vida, pode ajudar a contextualizar a nossa herança. Devemos então nos questionar sobre o nosso papel pessoal junto a Ordem, para assumirmos de fato a nossa parte da pregação.

Como participar do Encontro Nacional?

As inscrições serão feitas através do formulário online, disponível clicando aqui.

O valor de R$60,00, referente à taxa de inscrição, deve ser depositado ou transferido para a conta-corrente abaixo. Caso você não possa pagar antecipadamente, aceitaremos o pagamento durante o Encontro.

Banco Itaú

Agência: 6200

Conta Corrente: 04068-8

Em nome de Bruna Essi Alfonsi

*Aviso: Teremos lojinha MJD durante o encontro, portanto, venha preparado.

Inscrições abertas para a Peregrinação Dominicana

O Movimento Juvenil Dominicano do Brasil vai comemorar os 800 anos de histórias da Ordem dos Pregadores buscando alcançar um grande objetivo: promover encontros entre familiares para nos motivar a continuar lutando por um mundo mais humano, a continuar buscando a construção do Reino de Deus.

Um desses espaços será a PEREGRINAÇÃO DOMINICANA, que acontece de 25 a 28 de maio de Campos do Jordão (SP) a Aparecida do Norte (SP). Trata-se de uma caminhada de fé partilhada e percorrida por pessoas que aceitam o desafio de exercitar a oração, a vida em comunidade, o despojamento e também a prática esportiva por alguns dias.

Inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), O Caminho da Fé (Brasil) foi criado para dar estrutura às pessoas que sempre fizeram peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida, oferecendo-lhes os necessários pontos de apoio. Ao menos uma vez por ano os jovens do MJD Brasil saem em peregrinação para percorrer parte desse percurso.

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Quem vai participar?

Nós, você e quem mais quiser celebrar o Jubileu de 800 anos de caminhadas da Ordem dos Pregadores. Todas as faixas etárias estão convidadas! Leigas, Leigos, irmãs, frades e amigas(os) da Família Dominicana. Será uma grande celebração da vida rumo à Aparecida do Norte.

o a o para se inscrever:

1º o:
Preencher o formulário clicando aqui.

*Somente o preenchimento do formulário não garante a vaga. É necessário seguir os os seguintes para estar devidamente inscrito*

2º o: 
Depositar (ou transferir) o valor da taxa de inscrição referente a opção de trajeto que você escolher fazer (dá direito a hospedagem nas pousadas, transporte e a camiseta oficial da Peregrinação Dominicana).

Dados bancários:
Banco Itaú
Agência: 6200
Conta Corrente: 04068-8
Em nome de Bruna Essi Alfonsi

*Caso você necessite parcelar o pagamento ou verificar alternativas financeiras para participar, por favor entre em contato conosco através do [email protected]

Opções de trajeto:

Opção 1 | Trecho completo De Campos do Jordão à Aparecida –  Com as opções de saída de São Paulo no dia 25/05 a noite ou de encontrar o grupo em Campos do Jordão também dia 25/05 a noite | Custo: R$ 245,00

Opção 2 | Saída de Mandú | Encontro com o grupo no dia 26/05 a noite. 52 km de caminhada | Custo: R$ 168,00

Opção 3 | Saída de Pindamonhangaba | Encontro com o grupo no dia 27/05 a noite. 17km de caminhada | Custo: R$ 90,00

Opção 4 | Chegada a Aparecida | Encontro com o grupo no dia 28/05 no início da tarde |
Custo: R$ 48,00

3º o:
Enviar comprovante de depósito por e-mail para [email protected]. O comprovante pode ser escaneado ou fotografado, só é obrigatório que esteja em qualidade suficiente para dar leitura.

Para quem já se inscreveu, segue uma lista do que levar: 

– Documento (o R.G. basta). Quem não estiver com o documento, não irá;
– Autorização dos pais ou responsáveis, caso seja menor de idade. Pode ser feita à mão;
– R$ 120,00 para alimentação e outros possíveis gastos. Se puder levar um pouco mais, leve, e se possível, dinheiro trocado;
– A credencial do peregrino para os que tiverem. Quem não tem, é só fazer uma (até a última Caminhada custava R$ 5,00);
– Uma mochila confortável, de preferência que tenha correia peitoral e de cintura. Se não tiver, esses órios podem ser comprados a parte em lojas especializadas;
– 2 mudas de roupa mais a da corpo (observem a previsão do tempo e optem por calças ou bermudas, e blusa);
– Roupas íntimas;
– Chapéu ou boné;
– 1 capa de chuva de plástico;
– 6 pares de meia;
– 1 rolo de esparadrapo;
– Pomada Hipoglos;
– 2 fraldas de pano;
– 1 frasco pequeno com shampoo;
– 1 sabonete;
– Pomada de dor;
– 1 par de chinelo;
– Protetor solar;
– Frutas secas e barrinhas de cereais, em uma quantidade suficiente para os dias da caminhada, para comer durante o caminho;
– Um cantil ou garrafa para levar água. De 500 ml a 1L;
– Tênis confortável que já esteja adaptado aos pés.

Lembramos que é muito importante o treino para a caminhada, tanto para acostumar o corpo, como para acostumar o tênis. Além disso, consumam água e se alimentem com alimentos leves em quantidades necessárias.

Nas edições anteriores de nossa caminhada costumamos fazer um programa de treinamento, com dicas de alongamento, respiração e alimentação. Para ar, clique aqui.

Dúvidas? Escreva para [email protected].

 

 

Mulheres do MJD: Natália Ruiz

por Natália Ruiz*

Sinto que ser mulher dentro da Igreja, assim como fora dela, é lutar todos os dias por nosso espaço e por nossa voz. Questionando valores arraigados em nós desde o nascimento.

Leiam esse trecho sobre o feminismo dentro da Igreja:

“O feminismo também entrou nas igrejas. As mulheres emergem em voz e em visibilidade, questionando uma prática, uma instituição, uma linguagem, e uma teologia. Não significa que antes não estivessem presentes. Ao contrário, sempre estiveram presentes na vida da Igreja, mas sua presença era tida como auxiliar, e não como pessoa com cidadania plena. Com a nova consciência, as mulheres se articularam coletivamente em caminhos de transformação, em todas as instâncias práticas e da construção do saber”. (Introdução da Tese de Doutorado: Inculturação da Fé no Contexto do Feminismo de Gloria Josefina Viero).

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*Natália Ruiz de Oliveira, 26 anos, é oceanógrafa e trabalha com oceanografia social atuando em comunidades tradicionais do litoral.

Mulheres do MJD: Lidiane Harue

*por Lidiane Harue Fugimoto

Não é fácil ser mulher e nunca foi. Muito nos é cobrado e, ao mesmo tempo, muito nos é violado. Esse 8 de março representa a luta feminina por direitos, por igualdade de gênero, por espaço, por tratamento digno e essa luta continua todos os dias. Continua porque todo dia é um desafio ser mulher nessa sociedade que brutalmente nos maltrata, impondo-nos padrões inalcançáveis que acabam por descaracterizar a essência individual de cada uma. A luta continua porque centenas estão morrendo aqui, ali e acolá em razão de serem quem são, mulheres, pessoas humanas, com sonhos forçadamente terminados ali. E é por isso que a luta deve continuar, porque não é normal, e nem pode se tornar normal, que a identidade de alguém se torne motivação para atos de violência, tampouco que seja objeto de ódio e razão para tratamento inferiorizado.

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Somos seres naturalmente fortes, e, ainda que muitas vezes frágeis, nunca fracos. Somos e devemos ser ativas, reflexivas com tudo o que acontece ao nosso redor, descontentes e inconformadas com as injustiças, mentes abertas para não cairmos em retrocesso daquilo que já conseguimos e livres para dizer o que pensamos e sermos quem quisermos. Somos mulheres das mais variadas formas e TODAS merecem respeito. TODAS.

Somos protagonistas da nossa história, da nossa luta, porque nós somos guerreiras em todo lugar, na escola, na universidade, no trabalho, nas ruas, na igreja, dentro de casa. Somos defensoras das mulheres, somos defensoras de nós mesmas. Estamos de parabéns todos os dias e hoje saúdo especialmente cada uma pela força que carrega dentro de si.

*Lidiane Harue Fugimoto, 24 anos, é bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba e pós graduanda em Direito Previdenciário e Processual Previdenciário pela Faculdade de Direito de Curitiba.

 

Mulheres do MJD: Lívia Alfonsi

por Lívia Alfonsi*

8 de março é o dia internacional das Mulheres. Confesso que quando me chamaram para escrever esse depoimento fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo não sabia o que escrever. ava-me pela cabeça se eu era digna de tal espaço que por tradição tinha sido dedicado a mulheres de luta do mundo e do Brasil. E então, caí em mim e é disso que vou falar.

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Vou falar de empoderamento feminino. Sabe por quê? Pois essa pergunta que me surgiu: “Será que sou digna/ boa suficiente para isso?”, é uma questão presente em nossas vidas o tempo todo. E essa não é uma questão importante e reflexiva de autoconhecimento, mas uma questão que só vem para nos rebaixar e nos lembrar de que pelo fato de sermos mulheres não seremos capazes de determinadas coisas.

É muito difícil tirarmos da nossa cabeça a ideia de que não podemos lutar, correr, ser engenheira, mecânica ou qualquer outra coisa que não nos é estimulada na infância. E por isso, vira e mexe, nos rebaixamos sem mesmo tentar fazer algo, como eu quase fiz ao pensar que não seria capaz de escrever esse texto.

Mas, então a culpa é da mulher que não consegue se imaginar capaz de fazer algo? Não! Vivemos numa estrutura patriarcal de sociedade que reforça todos os dias o machismo que nos oprime. Para conseguirmos sair disso não é necessária somente a mudança de mentalidade, mas principalmente uma mudança estrutural da sociedade. Onde, de fato, mulheres ganhem o mesmo salário que um homem quando tão qualificadas quanto; onde mulheres possam escolher não ter filhos e não serem taxadas de mulheres incompletas; onde mulheres estejam representadas em todos os setores da sociedade; onde a política seja feita de fato por homens e mulheres; onde mulheres possam viajar sozinhas ou juntas e não serem mortas; onde mulheres vítimas de violência não sejam culpabilizadas por suas roupas.

Mas ai, vem um alguém e diz: “é só uma piada! Calma!”. Não estou calma nem serei calma enquanto o mundo não é calmo comigo e me diz diariamente desde meus 13 anos ao pé do ouvido palavras e olhares violentos.

Gosto de piadas. Aliás, rio muito durante o dia com elas. Mas gosto de piadas inteligentes, piadas que não diminuam os oprimidos mas que pelo contrario, os engrandeçam.

Que esse dia seja usado para repensarmos nossas atitudes frente as mulheres. Mesmo que você saiba que nunca sentirá o mesmo que uma, desafio você a ouvir com respeito sem julgamentos uma mulher, desafio ainda a tentar em meio a uma piada que diminua as mulheres a não rir e ainda explicar aos seus amigo o por que de não estar rindo, desafio você a dar um pouco do seu espaço para dar a voz a elas e não falar por elas.

Abaixo deixo alguns links interessantes de algumas coisas que falei aqui:

Noticia de duas mulheres que viajavam juntas e foram mortas: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2016/03/a-sina-das-mulheres-que-ousaram-viajar.html

Documentário sobre piadas (ótimo para mostrar como é possível fazer piada inteligente): https://www.youtube.com/watch?v=uVyKY_qgd54

Vídeo sobre feminismo negro (ótimo para entender por que não devemos falar daquilo que não sofremos e como isso não significa fechar os olhos para o outro): https://www.youtube.com/watch?v=uTrLpclk3j4

Blog do Sakamoto #AgoraéqueSaoElas (ótimo exemplo de um homem que cedeu seu espaço para mulheres falarem e não para que ele fale sobre elas): http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/11/05/as-mulheres-nao-querem-migalhas-que-caem-da-mesa-querem-um-novo-pao/

Para finalizar gostaria de dizer que para escrever esse texto eu repensei toda a minha vida como mulher e me lembrei que nem sempre fui assim; me lembrei que já fui (e ainda sou para certos aspectos) muito machista e que isso é extremamente natural já que crescemos numa sociedade onde se diz “segure suas cabritas que o meu cabrito está solto” querendo se referir a filhas e filhos. Então, mulheres, não se culpem! Estamos aí para nos ajudar a transcender essa cultura e foi graças a ajuda de muitas que tenho mudado e continuo mudando para viver livre e feliz.

*Lívia Alfonsi tem 24 anos e mora em São Bernardo do Campo (SP). Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC), é mestranda em Ensino em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).