Por ocasião do dia de São Domingos e do Jubileu de 800 anos da Ordem dos Pregadores trazemos aqui o segundo texto da série #SemanaDominicana, que nos apresenta uma sequência de reflexões sobre temas importantes da espiritualidade dominicana. Hoje, vamos conhecer um pouco sobre como São Domingos rezava e como sua oração se relacionava com sua ação.
Os textos dessa série trazem citações das fontes dominicanas e foram produzidos pelo promotor de missão e caridade do IDYM, Leonardo De Laquila, e pelo Frei Mariano Foralosso, assessor do MJD-BR, por ocasião do encontro internacional do YDIM. Jovens dominicanos do mundo todo tiveram a oportunidade de rezar esses temas enquanto peregrinavam pelos caminhos por onde Domingos ou oitocentos anos atrás.
Oração e vida contemplativa de São Domingos
São Domingos teve uma existência muito ativa, de muitas viagens e muitos contatos com as pessoas, de incansáveis andanças apostólicas pelas regiões do sul da França e pela Europa toda. O ‘carisma’, o projeto de vida que ele vivenciou e transmitiu aos seus seguidores é essencialmente apostólico: tudo em função da missão, tudo para a pregação! Mas ao mesmo tempo ele foi um grande contemplativo, homem de oração e de comunhão profunda com Deus. Santo Tomás de Aquino sintetiza o projeto de vida de São Domingos e dos membros da Família Dominicana no binômio ‘contemplação e ação’: contemplação na ação e para a ação. As testemunhas das fontes dominicana, de maneira especial daqueles que conheceram e conviveram com Domingos, são unânimes em relatar isso.
Com muita frequência costumava pernoitar nas igrejas, tanto que nunca ou raramente parecia ter tido um leito para repousar. Rezava assim durante a noite e perseverava vigiando, na medida em que conseguia exigir da fraqueza do corpo. E quando, afinal, acumulando-se o cansaço e afrouxando o espírito, a necessidade de sono gritava mais alto, encostando a cabeça no altar ou em outro lugar qualquer, ou sobre uma pedra, como o patriarca Jacó (Gen. 28,11), descansava um pouquinho e logo recuperava a força do espírito e o fervor da oração.
(Fonte: B. Jordão, Libellus, n. 106)
Depois de olhar para a relação que São Domingos tinha com Deus, você agora é convidado a observar a sua vida e a refletir sobre sua relação com Deus e com o próximo.
- Quais são os pontos frágeis na sua relação com Deus? Como fortalecer essa relação?
- Quais são seus pontos frágeis na sua relação com as pessoas próximas?
- Como a sua relação com Deus afeta sua relação com as pessoas?
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Ficha técnica | Textos: Frei Mariano Foralosso, op, e Leonardo De Laquila | Imagem: Bruno Alface | Ilustração: Leonardo De Laquila | Organização: Victor Alarcon, Mariana Bongiorno e Bruno Alface