Com que roupa eu vou?

da redação do blog

Como mostra nosso Calendário, a Caminhada Orante de 2015 está chegando.

E como fazemos todos os anos, escolhemos um modelo de camiseta para nos identificar e representar o MJD na Caminhada.  Além disso, todos usarem a camiseta do movimento garante uma certa segurança, pois assim é possível identificar os integrantes mais fácil nas trilhas.

A cor será única para meninas e meninos, mulheres e homens. Portanto, caprichem na decisão.

Mas, como as opções de cores estão acabando, temos apenas duas opções.

Abaixo vai um demonstrativo das cores e a enquete:

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Votem, comentem, compartilhem…

Em breve teremos mais notícias sobre a Caminhada.

Abraços, pessoal.

MJD participa do 24º Encontro da Comissão Dominicana de Justiça e Paz

Por Rafael Oliveira

logo justpaz br

Integrantes do Movimento Juvenil Dominicano (MJD-BR) participaram, entre os dias 4 e 6 de outubro, do 24º Encontro da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil, em Goiânia (GO). Estiveram presentes Bruno S. Alface e Rafael Oliveira, ambos do MJD-SP, além de Yves Michel, Giovanna Araújo, Giovanna Fleury e Daniele Ramos, do MJD – Porto Nacional.

O encontro foi realizado sob o tema “Trabalho de base e a articulação das ações de Justiça e Paz”. As discussões e exposições foram direcionadas de maneira elogiosa pela Irmã Pompéa Bernasconi, que colocou em análise questionamentos como: o que é trabalho de base? Qual a finalidade do trabalho de base? Como fazer o trabalho de base?

Seria um grande desafio definir em poucas linhas o que é trabalho de base, tendo em vista que este é um tema bastante profundo e abrangente. Mas, pode-se dizer que é o trabalho com pessoas que não contam com o amparo das instituições governamentais para ter uma vida digna. É a ação em conjunto com o povo que não tem boas condições de moradia, saúde, educação e o a serviços essenciais.

Realizar o trabalho de base exige atenção a pequenos detalhes que podem decidir o sucesso ou fracasso na relação com o povo. Portanto, ser sensível ao outro, silenciar o coração e estar aberto às diversidades são características essenciais para desenvolver ações competentes.

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Irmã Pompéa Bernasconi

Sentir o cheiro

As conversas e trocas de experiências mostraram que o trabalho de base procura sempre fazer as pessoas carentes perceberem suas habilidades e potencialidades. Respeitar a cultura e ouvir o que o povo está falando é essencial para desenvolver os projetos sonhados. Para isso, é necessário estar presente na vida dos nossos irmãos. Como foi falado durante as exposições, é preciso “sentir e gostar do cheiro das ovelhas”, nenhum trabalho de base é feito à distância, por telefone ou internet.

Um ponto essencial nessa jornada é ser humilde para conhecer a linguagem, a cultura e os sonhos do povo. “Somente na partilha que o ser humano se reconhece”, conforme pontuou a Irmã Pompéa.

Em comunhão

Um trabalho de base nunca pode ser deixado para trás porque o líder do grupo parou de atuar no projeto. Por isso, esqueçamos as lideranças individuais e pensemos em grupo de lideranças. Dessa forma, todos são responsáveis pela realização das tarefas necessárias. E isso inclui as pessoas que são o público-alvo do projeto. Pois não é fazer PELO povo ou PARA o povo, e sim COM o povo.

A diferença é sentida quando nos interessamos pela história daquele povo. Ou seja, quando amos a conhecer as lutas já vividas por ele; assim como as vitórias e derrotas enfrentadas pelo caminho.

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E nós?

A teoria em palavras é muito simples e bonita de se ver e de contar. Esse texto, além de compartilhar nossas experiências, também deve nos proporcionar uma reflexão. Nosso trabalho de base é motivado pelo quê? Estamos nos envolvendo com os irmãos que precisam de nossa companhia?

É possível dizer, sem margem de erro, que o grupo ou bons dias de aprendizado. Conviver com figuras que, há anos, trabalham na luta pela justiça e pela paz é um grande incentivo para seguirmos em frente com nossos trabalhos, projetos e sonhos. Certamente temos muito o que corrigir e modificar. Mas, mais um o foi dado em nossa formação. Que esses momentos de extrema profundidade sejam colocados em prática nas nossas ações.

O que pensamos

Para ilustrar ainda mais o nosso relato sobre o 24º Encontro da Comissão Dominicana de Justiça e Paz, confira a seguir relatos de alguns dos companheiros de MJD que tiveram a oportunidade de viver esses momentos:

“Achava mesmo que pra conversar com pessoas com tanta influencia e ciência sobre e a vida dominicana, eu tinha que “saber de tudo”. O que vivi e experimentei no encontro de Justiça e Paz foi totalmente diferente, me surpreendi, e aprendi que muito mais que aprender, de certa forma, eu também deveria ensinar. Em meio a tantas opiniões sobre um mesmo tema, sua mente se abre a compreender, e saber o propósito de cada um presente. Para saber o significado do “Trabalho de base”, é necessário, principalmente, olhar para o povo e começar a ver seus interesses e deixar que o seu eu silencie, mesmo que por um instante.

Particularmente, acho que a democracia tem que estar no ar, quando o nosso desejo é lutar pelos direitos das pessoas – que na maioria das vezes não tem voz, nem vez. Ao término do encontro, no momento de despedidas, notei que assim como eu trouxe muito de cada um, deixei um pouco de mim para algumas pessoas, e isso me deixou muito feliz.

Na volta para casa, refleti sobre o texto de Jeremias: “”Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”. Então disse eu: “Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino”. Mas o Senhor me disse: “Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar”, diz o Senhor. E estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor. “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;”” Jeremias 1, 5-9

Diante de minha reflexão, conclui que somos todos escolhidos para fazer o trabalho de base, e não importa quão grande, ou quão pequeno somos diante da sociedade, se acreditamos, somos capazes de fazer. Nós, como igreja, temos histórias e das mais belas, o que falta é a propagação da mesma. É necessário mostrar quão bonito e maravilhoso é fazer parte de trabalhos solidários, que muito nos acrescenta na caminhada espiritual da igreja”. – Giovanna Araújo, MJD – Porto Nacional.

Giovanna Araújo, Giovanna Fleury e Daniele Ramos, do MJD - Porto Nacional

Giovanna Araújo, Giovanna Fleury e Daniele Ramos | MJD – Porto Nacional

“Um fim de semana de muitas experiências, histórias e aprendizado. Através do encontro de Justiça e Paz, tive o prazer de conhecer pessoas especiais e aprender mais com elas. Pessoas dignas de respeito, pessoas que têm várias histórias para contar. Ao discutirmos um tema, obtivemos tantas opiniões diferentes, e tive a oportunidade de aprender mais e ter uma nova visão.

Queria viver em um mundo que não tivesse ricos e pobres, que não tivesse diferenças e preconceitos. Seria a solução de muitos problemas, porém isso parece difícil, mas pode ser possível. Aprendi que os Dominicanos são guerreiros e que estão sempre do lado daqueles que precisam. Trabalho de base é viver o que muitos vivem e poucos percebem. Família que tem uma grande luta pela dignidade! Dominicanos: nosso claustro é o mundo!” – Giovanna Fleury, MJD – Porto Nacional.

“Um dia pensei fazer parte da família dominicana, e hoje faço parte dessa família maravilhosa; Uma decisão felicíssima. que vem me proporcionando muitos momentos maravilhosos, como esse da reunião da Comissão Dominicana de Justiça e Paz. Momentos de muitos aprendizados; uma oportunidade de compartilhar uma experiência fantástica ao lado de grandes doutores da missão dominicana. Momento para nos sacudir, para percebermos o quanto precisamos caminhar para chegar no mínimo onde esse nobres homens e mulheres já chegaram. E dessa forma, é necessário que no mínimo façamos uma reflexão de que não podemos deixar ar em branco a chance de ser diferente. Ser diferente na forma de atuar por uma vida digna para o próximo.

Um encontro que deixou muitas lições como esta e que devem ser colocadas em prática como missionário e membro do Movimento Juvenil Dominicano! Além de tudo isso, o evento nos proporcionou uma convivência muito prazerosa, que nos permitiu conhecer vários membros da família dominicana, e também me proporcionou conhecer o “Monstro” Rafael Oliveira, grande amigo e grande companheiro. Além de nos conhecermos, algo em comum nos marcou nesse encontro: fomos presenteados pelo nosso Gran Hermano, Bruno Alface, com o Anel de Tucum, símbolo de missão”. – Yves Michel, MJD – Porto Nacional.

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Giovanna Araújo e Yves Michel | MJD – Porto Nacional

Rafael Oliveira apresentando o projeto ''Construindo Dignidade'', do MJD-SP

Rafael Oliveira apresentando o projeto ”Construindo Dignidade”, do MJD – SP

Frei Xavier Plassat, o.p., Aninha e Jelson Oliveira

Frei Xavier Plassat, o.p., Aninha e Jelson Oliveira

Nosso amigo Frei Marcos Sassateli, o.p.

Frei Marcos Sassateli, o.p.

 

Frei Humberto, o.p., e seu testemunho profético

Frei Humberto, o.p., e seu testemunho profético

Giovanna ''Dijó'', João Xerri, o.p., e Dom Tomás Balduino, o.p.

Giovanna ”Dijó”, Bruno Alface, João Xerri, o.p., e Dom Tomás Balduino, o.p.

 

Encontro Mundial da Juventude Dominicana em Bogotá | IDYM 2013

Por Leonardo De Laquila, Frei Jorge Ferdinando, OP, e Frei Mirko, OP.

Olá companheiros e companheiras. Após duas semanas ricas, porém lotadas de eventos, conseguimos compartilhar com todos as experiências do Encontro Mundial da Juventude Dominicana (e no próximo post, um pouco sobre a Jornada Mundial da Juventude).

Entre os dias 7 e 17 de julho, quatro integrantes do Movimento Juvenil Dominicano do Brasil participaram do Encontro Internacional da Juventude Dominicana, o IDYM (International Dominican Youth Movement). Mateus Amaral  e Leonardo Akira, representando Curitiba, Leonardo De Laquila, representando o  Movimento do Brasil e frei Bruno Moreira, o.p.

Delegação brasileira

Ao fim do encontro de integração e formação do movimento que contou com 200 jovens de diversos países, deu-se início a assembleia IDYM, onde se discutiu e se reorganizou o conselho do movimento internacional.  Antes contava com 3 jovens e 4 religiosos, e agora é formado por 5 jovens e um assessor que estarão ligados ao Promotor do Laicado Dominicano. São eles os novos integrantes da coordenação IDYM:

Coordenador: José Alberto (Espanha), Promotor para Formação: Lyamar Dias Rodrigues (Porto Rico), Promotor para Comunicação: Sean Mundy (EUA), Promotor para Missão – Caridade: Leonardo De Laquila (Brasil) e Promotor de Finanças: Daniel Toledo (Guatemala).

Coordenação Mundial

Parabenizamos nosso irmão Leonardo De Laquila – Léo, atual coordenador do MJD-BR, por esse novo desafio.

Assembléia IDYM

Abaixo, compartilhamos um texto do frei Jorge Ferdinando, em 17 de julho de 2013.

“A experiência de fé viva na realidade concreta da Igreja na Colômbia serviu como horizonte para a reunião, que teve como tema central o nome de ‘Muisca: Sou eu em pessoa’, em referência a um dos grupos indígenas que historicamente habitou a geografia Colômbia e o reconhecimento de que a pessoa, em sua totalidade, concedida em seu mundo como um testemunho para a tarefa de guiar os jovens dominicanos na Colômbia e no mundo.

Nesta perspectiva, a reunião teve a participação de 200 jovens que vieram de regiões diferentes e distantes da Colômbia e do mundo para celebrar a fé.

Foto Oficial IDYM

Eles foram acompanhados pelo Mestre da Ordem, frei Bruno Cadoré, o.p.,

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alguns religiosos da Cúria Geral, os membros que compõem a Comissão MJD International, e, finalmente, a família Dominicana Colômbia, que têm apoiado o desenvolvimento da reunião que teve lugar no Campus Santo Alberto Magno St. Thomas University, um lugar de estudo na planície bela e extensa de Bogotá.

Os principais elementos do encontro buscaram um olhar crítico sobre a juventude e seus fenômenos, o conhecimento dos principais projetos da Ordem e da responsabilidade que os jovens podem desempenhar na dinâmica atual da Igreja e das comunidades particulares em que estão localizados. Por sua vez, a reunião permitiu viver os fundamentos da Ordem, na experiência de oração, estudo, vida fraterna e pregação. Os jovens compartilharam a peregrinação ao Santuário Mariano Nacional de Nossa Senhora de Chiquinquirá,

Chiquinquirá

e a realidade da missão em alguns dos lugares onde os dominicanos da Colômbia compartilham seus projetos com os mais necessitados da sociedade.

Missão

Após a reunião, destacou-se a esperança de reconhecer que, enquanto os jovens compreendem a sua crescente responsabilidade na vida da Ordem, as pessoas que encarnam a Palavra na forma Dominicana de vida, vão encontrar, no futuro, novos jogadores em que a ação de Deus vai apresentar na transformação de suas realidades. ‘Eu entendo que eu tenho outros irmãos, em outros lugares, fazendo outras coisas, mas vou construindo uma forma de fazer comunidade de fé, com os meus problemas e os meus sonhos.’ foi o depoimento de Andrea, um dos participantes no final da reunião.

Por fim, não podemos deixar de compartilhar, um texto quentinho do Capítulo Geral da Ordem dos Pregadores, escrito por frei Mirko Vlk, o.p., no dia 29 de julho de 2013.

“Durante a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco chamou os jovens do mundo a levarem a igreja para as ruas e protestarem. Simultaneamente, o Capítulo Geral da Ordem dos Pregadores enacara a questão de como apoiar, ainda mais, a juventude laica por todo o mundo, na pregação do evangelho.

Na semana ada os meios de comunicação estiveram voltados para a visita do Papa ao Brasil e sua participação nos eventos da Jornada Mundial da Juventude. O Papa Francisco obvimanete considera que a juventude católica é a força que move a Igreja, tanto hoje como no futuro. Isto pode ser facilmente entendido por suas insistentes declarações que os jovens católicos necessitam protestar, sacudir o comodismo e a auto-complacência de uma igreja fechada sobre si mesma. Mas o que isso tem a ver com o Capítulo da Ordem dos Pregadores reunido em Trogir [Croácia], do outro lado do mundo?

Só uma semana antes do começo da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, o Movimento Juvenil Dominicano Internacional teve sua própria assembléia em Bogotá, na vizinha Colômbia. Jovens Dominicanos de todo o mundo se congregaram para pensar e discutir seu papel na missão da Pregação da Ordem, e a melhor maneira de contribuir para o movimento da Nova Evangelização e a missão da Igreja. Assim, parece que a juventude da Família Dominicana está claramente em sintonia com a mensagem do Papa para a juventude católica do Mundo.

Muitos mostraram claramente isso viajando de Bogotá para o Rio de Janeiro para saudar ao Papa. Como disse frei Wojciech Delik, membro do Movimento Dominicano Internacional, ‘o encontro de Bogotá concluiu que os jovens não devem ser meros receptores de nossos sermões e conferências, um sujeito de nosso cuidado pastoral. Podem, e frequentemente querem, ser nossos parceiros na Pregação’.

E longe de ser um grupo de velhos falando de tediosos temas legislativos, o Capítulo Geral está na realidade muito interessado no Movimento Juvenil Dominicano Internacional e nas suas atividades. O Movimento foi criado não porque os Dominicanos precisam de novas vocações, ou porque não há mais jovens religiosos. A Jornada Mundial da Juventude no Brasil mostrou que a situação é oposta. O Movimento Juvenil Dominicano Internacional foi fundado com a idéia de conectar os jovens de todo o mundo e fazer-los parceiros na missão de Evangelização.

O Evangelho deve ser pregado e os Dominicanos necessitam convidar para a sua missão os jovens de fé que podem pregar aos outros jovens. Assim , apoiando de todo o coração o Movimento Juvenil Dominicano Internacional, o Capítulo Geral está seguindo a cartilha do Papa para chegar aos jovens do mundo.”

Para conferir o texto na íntegra e no idioma original, e aqui a postagem do blog do Capítulo Geral (que está sendo atualizado em tempo real com as novidades do Capítulo).

Fraternos abraços e participem conosco, compartilhando e comentando.

Caminhada Orante 2012: Natividade – Bonfim (TO)

Já reparou na loucura que fizemos? O quanto isso parece ser ridículo aos nossos olhos humanos? Se liga:

Em vez de ficar no Facebook ou na Beira-Rio se divertindo com os amigos ou até mesmo dormindo em nossas casas, estávamos andando a pé de Natividade ao Bonfim, em uma estrada de barro, sujando nossos tênis, sendo alimento para mosquitos, além de ter que molhar nossos pés em um riacho e depois ficar com chulé terrível… Afinal, o que levaria quase 20 jovens andar 23 km a pé? A resposta é Deus. Ele é o “culpado” por plantar em nossos corações essa vontade de ser diferente aos olhos do mundo. De ser jovens que não se entregam a imoralidade, que buscam rezar o terço e ler a palavra diariamente, que andam 23 km apenas para verem o quanto são fracos e assim poder perceber que sem Deus não são nada. Jovens que buscam ser santos de calça Jeans. A Caminhada Orante é muito útil para nos autoanalisarmos e, como toda experiência com Deus, só depende da abertura do nosso coração. Essa experiência também significou muito pros demais jovens:

“É sempre muito bom estar com meus companheiros de fé. A Caminhada Orante, mais uma vez, veio pra fortalecer certos sentimentos que guardo. As coisas do mundo, a correria do dia-a-dia me distância de Deus. O trajeto que fizemos pela segunda me proporcionou um momento que sempre sinto fortemente a presença de Deus comigo, do meu lado mesmo, no meu próximo. Acho isso lindo. Nessa experiência, diferentemente do ano ado, consegui refletir mais sobre minha vida, nas coisas que estão acontecendo. Às vezes me assusto com as mudanças ocorridas. Tive tempo pra me abrir com Deus e tentar, mesmo que aos poucos, entender seu propósito em minha vida. Isso me fez bem, uma paz que procuro. Enfim, tento contemplar da melhor forma e com a singela graça de Deus levar o fruto do contemplado.” (Luciana Castro)

“A Caminhada Orante me fez refletir muito sobre o silêncio e sobre as feridas! Percebi ainda mais o quanto fazemos orações intensas quando estamos no silêncio, quando fazemos orações dentro de nós… Isso me fez de uma forma, ficar mais próxima de Deus, sentir mais a presença dele. E acredito também que esse silêncio da minha oração me fez esquecer todas as feridas, todas as dores que iam surgindo no decorrer da caminhada. As dores então logo ficavam no silêncio, elas sumiam, e as feridas, todas elas foram de amor.” (Giovanna Araujo)

“A Caminhada Orante foi mais uma vez uma experiência diferente pra mim. Acho que pelo fato de ao longo do tempo eu ter entendido como é o grupo, de eu me sentir parte dele, de Deus se mostrar diferente pra mim, me fazer entender que tudo acontece no tempo d’Ele e que Ele age na nossa vida sempre da melhor forma.” (Nathalia Melo)

“Foi uma experiência sensacional em que compartilhamos nossas dores, sofrimentos com os outros e juntos vencemos o percurso.” (Gabriel Oliveira)

“Para mim foi mais que caminhada e oração: foi uma experiência para a vida.” (Luana Reis)

“O silêncio e a escuridão, permitiu-me conhecer a mim mesma.” (Daniele Pereira)

“A Caminhada Orante foi uma experiência maravilhosa, não apenas um momento de interagir e partilhar oração com os outros jovens, mas também deixou em mim uma lição pra ser praticada não só ali, mas diariamente, em toda a vida. Quando vi que teríamos que atravessar aquele riacho, queria voltar e ir pelo asfalto, mas aí alguém falou: ‘não gente, isso faz parte da caminhada’. Então atravessei, e é como se a água tivesse me fortalecido, até cheguei correndo no Santuário dói Senhor do Bonfim [risos]. E assim, graças a Deus, consegui completar minha caminhada. Fiquei refletindo sobre aquilo e vi que assim é a vida: cheia de obstáculos, dos quais devemos enfrentar com fé para conquistar a vitória.” (Joycielle Rodrigues)

Enfim, após esses relatos belíssimos não poderia deixar de partilhar que para mim também foi uma experiência muito enriquecedora, onde pude perceber o quão pouco eu faço pelos outros, porque quando você anda 5 horas a pé você acaba pensando no tempo e como você usa o seu. Foi aí que descobrir algo que a Beata Madre Teresa de Calcutá já sabia há muito tempo: ‘Não temos tempo para descansar aqui nesta terra, nosso descanso está no céu’, por isso a partir de agora vou lutar por Jesus sem cessar e é claro que isso inclui uma luta comigo mesmo, com meu “velho eu”. É difícil, porém não impossível! Espero que ao término dessa leitura você também tenha esse mesmo propósito.

Bremmer Felicio, 15 anos.

Agradecemos a todos que contribuíram para a realização da Caminhada Orante 2012, em especial aos pais que nos acompanharam e as Irmãs Dominicanas de Monteils do Colégio e do Noviciado.

Nos vemos em 2013, peregrinos!
Jovens Dominicanos, o nosso claustro é o mundo!

Caminhada Orante 2012: Tambaú – Águas da Prata

No último feriado de Corpus Christi, entre os dias 7 e 10 de junho de 2012, 17 jovens do Movimento Juvenil Dominicano do Brasil realizaram mais uma Caminhada Orante. Os jovens caminharam da cidade de Tambaú (ponto de chegada da caminhada orante do ano ado) até Águas da Prata, ambas municípios do interior do Estado de São Paulo. O trecho percorrido, pertencente ao trajeto do Caminho da Fé, totalizou em torno de 105 km caminhados em quatro dias.

Leia abaixo o depoimento de um dos jovens caminhantes:

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No convite para inscrição da caminhada Orante 2012, há uma descrição bem peculiar do que nos esperava entre Tambaú e Águas da Prata: uma peregrinação que realizamos como Movimento Juvenil Dominicano exercendo a oração, a vida em comunidade, o despojamento e a prática esportiva. Garanto que os 17 jovens que aceitaram esse convite se depararam com isso tudo e muito mais.

A caminhada deste ano foi especial para o MJD Brasil por diversos motivos. Tivemos como companheiro de caminhada Frei Alexandre Silveira, OP, e a jovem Katie – Katherine Coldwell – uma americana muito gente boa. Talvez essa caminhada foi a que mais se ouviu “parabéns pra você…” pois a Nati e Ricardo escolheram ar seus aniversários conosco em mais uma aventura.

E que aventura… nem a chuva, nem neblina, nem mesmo a escuridão nos pararam; dificuldades que fizeram buscar forças com muito amor fraterno nos para terminar mais um trecho dessa peregrinação até Aparecida do Norte.

A troca de experiências entre o grupo e também com os donos das pousadas que nos acolheram, facilitaram ainda mais esse encontro com o Cristo, que sabendo de nossas dificuldades e fraquezas caminha ao nosso lado dia após dia.

Para aqueles que estiveram presente esse ano na caminhada, já sinto a falta de vocês e fico esperando o próximo ano para conhecermos mais um pedaço do caminho. Já aqueles que por algum motivo não puderam ir, fica o convite para irmos ano que vem.

Você vai se arrepiar com a beleza do Caminho da Fé. Deixo a todos os membros do Movimento Juvenil Dominicano do Brasil o meu abraço fraterno e o desejo de estar próximo de vocês outra vez o quanto antes.’’

Leonardo Akira Fugimoto
MJD Paróquia Santo Antônio, Curitiba – PR

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Agradecemos a todos que contribuíram para a realização desta peregrinação, em especial as Irmãs de Santa Catarina de Sena e a Paróquia Santo Antônio de Curitiba.

Nos vemos em 2013, peregrinos!
Jovens Dominicanos, o nosso claustro é o mundo!

Faça sua inscrição para a Caminhada Orante MJD 2012!

Olá pessoal, tudo bem?

A Caminhada Orante MJD 2012 está próxima, e este ano faremos o trecho entre as cidades de Tambaú e Águas da Prata (SP), entre os dias 7 e 10 de junho (sairemos de São Paulo dia 6 de junho a noite).

Para quem não sabe o que é a Caminha Orante:

É uma peregrinação em um caminho já instituído (neste caso, o Caminho da Fé), em que caminhamos como Movimento Juvenil Dominicano, e durantes os dias, exercitamos a oração, a vida em comunidade, o despojamento, e também a prática esportiva. Assim como foi o tema do nosso II Encontro Nacional, “Ser o todo em tudo” também é buscarmos ser pregadores da atividade física e dos esportes. Para saber mais sobre as edições anteriores da Caminha Orante, em a categoria Viagens #MJDBR aqui do blog.

Veja o vídeo depoimento que fizemos ano ado, durante a Caminhada Orante MJD 2011:

Inscrição para a Caminhada Orante MJD 2012

Para se inscrever, o primeiro o é preencher o formulário clicando aqui.

Após isso, é necessário fazer um depósito de R$ 30,00, correspondente à inscrição, e nele também está inclusa a camiseta MJD para a caminhada. Em caso de desistência, esse dinheiro não será devolvido sob nenhuma hipótese.

A inscrição e pagamento antecipados têm o intuito de evitar problemas que ocorreram em outros anos, com desistências de última hora.

O dinheiro deve ser depositado na seguinte conta:

Banco Itaú
AG: 0194
CC: 75920-5

A conta está em nome de Leonardo de Laquila (presida do MJD)

Para completar a inscrição, é necessário escrever um e-mail para [email protected] com a cópia do comprovante de depósito anexo (pode ser escaneado ou fotografado).

Você só estará inscrito depois de cumprir todos estes os!

Aceitaremos inscrições até o dia 01/06. São 20 vagas. Então se inscreva o quanto antes. Avisaremos quando tivermos 15 inscritos.

Para os que vão, é bom começar a treinar, fazer caminhadas regularmente, ter uma boa e equilibrada alimentação, beber bastante líquido e ter um tênis confortável.

O que levar para a caminhada:

– Documento (RG basta). Quem não estiver com o documento, não irá;

– Em caso de menores de 18 anos, autorização dos pais ou responsáveis. Pode ser feita à mão;

– R$ 200,00 para as pousadas e alimentação. Se puder levar um pouco que esse valor, leve, e se possível, dinheiro trocado;

– Uma mochila confortável, de preferência que tenha correia peitoral e de cintura. Se não tiver, esses órios podem ser comprados a parte em lojas especializadas;

– 2 mudas de roupa mais a da corpo (observem a previsão do tempo e optem por calças ou bermudas, e blusa);

– Roupas íntimas;

– Chapéu ou boné;

– 1 capa de chuva de plástico;

– 6 pares de meia;

– 1 rolo de esparadrapo;

– Pomada Hipoglos;

– 2 fraldas de pano;

– 1 frasco pequeno com shampoo;

– 1 sabonete;

– Pomada de dor;

– 1 par de chinelo;

– Protetor solar;

– Frutas secas e barrinhas de cereais, em uma pequena quantidade, para comer durante o caminho;

– Um cantil ou garrafa para levar água. De 500 ml a 1L.

– Tênis confortável que já esteja adaptado aos pés.

Qualquer dúvida, escreva para mjddobrasil@gmail.com ou deixei um comentário por aqui. Acompanhe também pelo Twitter e Facebook.

Um fraterno abraço,
MJD BR – Movimento Juvenil Dominicano do Brasil

Preparativos para a Caminhada Orante

Olá, povo!

Estamos nos aproximando de mais uma Caminhada Orante MJD – faltam só vinte e poucos dias – e é importante estarmos bem preparados fisicamente para esse momento. Pensando nisso, elaboramos algumas dicas e orientações para um breve treinamento nesse tempo que nos resta antes de partirmos.

Primeiramente, se você não tem o hábito de fazer caminhadas regulares é bom ter calma. Não é de um dia para o outro que vamos fazer longos trechos e nem acelerar muito o o.

Antes de iniciar qualquer caminhada, é importante se alongar por uns 5 minutos. Veja a seguir alguns exercícios de alongamento importantes para uma atividade física como a caminhada:

Fazer duas séries de 20 segundos cada, antes e depois da caminhada. O alongamento antes da caminhada é importante para preparar a musculatura e reduzir as chances de lesões durante a atividade. Após a atividade é fundamental o alongamento para relaxar e evitar lesões posteriores.

Como estamos há menos de um mês da caminhada, vamos separar nossa preparação em três etapas:

1ª etapa – Durante os 7 primeiros dias, faça caminhadas de 10 minutos em lugares planos, evitando subidas e descidas.

2ª etapa – Nos próximos 7 dias, aumente o tempo da caminhada de 10 para 15 minutos, e continue apenas em lugares planos.

3ª etapa – Nos últimos 7 dias, aumente o tempo de caminhada para 25 minutos (quem achar que consegue fazer 30, tente; se não conseguir, faça só 25). Agora, aos poucos, tente ar por trechos com inclinação, subidas e descidas, mas evite forçar muito para não se machucar.

No último dia antes da Caminhada (6/6), o ideal é que você faça uma caminhada leve, de 15 a 20 minutos, apenas para manter o ritmo. Durante toda a preparação, beba bastante líquido, principalmente água. Após as caminhadas você também pode tomar um hidrotônico para repor as energias. Fica a dica!

A alimentação é outro fator que merece um cuidado especial durante a preparação. Frutas são a indicação perfeita para acompanhar a caminhada, antes, durante e depois, quando chegar em casa morrendo de fome. Barrinhas de cereal também são uma boa pedida.

É importante também pensar no tênis que irá usar, tanto nas caminhadas de preparação, como na própria Caminhada Orante. Tênis com solado baixo, palmilha fina e com pouco amortecimento são os menos indicados para este tipo de atividade, pois os longos trechos e diferentes tipos de terrenos exigem muito de nossos pés, e lembre-se: se estiver com dor, mais desgastante será o trajeto.

Mas, calma. Não precisa comprar um tênis novo com muita tecnologia, pois esse também pode lhe prejudicar. O ideal é que você use um tênis que já esta acostumado a usar.

Lembre-se: caminhar é um ótimo exercício físico. Ela contribui para o bom funcionamento do sistema cardiorrespiratório e queima uma quantidade razoável de calorias, pois ao caminhar nós estamos transportando o próprio corpo. Os benefícios são um pouco menores que os da corrida, uma vez que a intensidade da caminhada é menor. Mas é uma excelente opção para:

. Indivíduos com sobrepeso
. Pessoas com histórico de lesões nos membros inferiores (pernas)
. Pessoas sedentárias
. Hipertensos

Quem não vai participar da Caminhada Orante este ano também pode participar da preparação, e aproveitar para começar uma atividade física regular. Assim, na Caminhada de 2013 você já vai estar muito bem preparado! A prática de exercícios físicos traz diversos benefícios para a saúde: melhora a autoestima, alivia o estresse, ajuda a manter uma boa forma, entre outros. E para você que irá participar, fica desde já o convite para continuar essa prática após a caminhada!

Se você já tem o hábito de caminhar, dobre as orientações para melhorar seu treinamento!

Nos vemos em Tambaú!

Diego Guterres de Oliveira
Estudante de Ed. Física UFPR

Caminhada Orante em Porto Nacional, Tocantins

MJD de Porto Nacional realiza sua primeira Caminhada Orante

“O outro é quem nos caminha” (Célio Pedreira)

A nossa Caminhada Orante da cidade de Natividade – TO rumo ao Santuário do Bonfim, foi uma experiência magnífica, creio que não apenas para mim, mas com certeza para os demais dezessete jovens.

A nossa jornada teve inicio quando saímos de van da nossa cidade, Porto Nacional – TO, às 13h35 do sábado (03/09) e fomos para Natividade – uma viagem de aproximadamente duas horas e meia de duração. Chegamos lá e fizemos uma parada para o lanche. Quando o relógio marcou 16h45 fizemos a oração e iniciamos a nossa caminhada rumo ao Santuário. Todos estavam super animados. Eu, a princípio, tive um diálogo com Deus e ofereci aquele momento em suas mãos e que Ele nos desse disposição e espírito de oração e equipe, já que 23 Km nos aguardavam. Meu primeiro terço conclui em silêncio. Durante o trajeto tive a oportunidade de conhecer um pouco mais de outras pessoas – uma vez que estavam ali reunidos dois grupos do movimento – e apreciar a natureza que dava um show de encanto com o pôr-do-sol e uma bela vegetação em torno de um grande morro.

Nesse longo percurso, era inevitável o cansaço, porém mesmo assim mantivemos o ritmo. Rezamos e louvamos juntos. A turma transpareceu muita garra e principalmente união. Isso sem dúvida alguma era a prova de que a fé em Jesus Cristo – nosso Senhor do Bonfim – era tamanha.

Após 17 km percorridos, senti que minha perna esquerda doía bastante, pensava em desistir e concluir o trajeto no carro de apoio. No entanto, várias pessoas cantavam e dentre elas encontrei um ombro amigo que me deu forças para continuar, o Walmir, que sempre me animava afirmando que faltava pouco. Isso muito me ajudou, além de sempre lembrar que aquele esforço era um sacrifício perfeito de meu amor a Deus.

Finalizamos o nosso percurso às 21h30. Ao chegarmos no Santuário, corri para abraçar minha mãe que nos esperava, juntamente com o Padre Joatan Bispo, responsável pelo Santuário e demais pessoas. Entrei na igreja e me deparei com a imagem do Senhor do Bonfim. Naquele instante uma paz interior muito forte se apossou de mim.

No dia seguinte todos os jovens partilharam sobre o significado da caminhada para si. Belos comentários foram feitos, inclusive um que dizia que “A fé é capaz de mover montanhas e por causa dela conseguimos alcançar o nosso objetivo”, Salomão Castro. “Quando chegamos não senti cansaço, apenas me senti feliz”, Alan Jorge. “Todas as minhas dores aram. Simplesmente adorei o Senhor Jesus”, Giovana Fleury.

Não consigo achar palavras que descrevam a beleza do momento que vivemos. Foi muito bom conviver com todos, sentir a verdadeira presença de Deus em nosso meio, a força e a unidade do nosso grupo.

Na volta para casa, o Pe. Joatan Bispo, que nos acolheu muito bem, nos deu a bênção para que tivéssemos uma ótima viagem. Ele nos disse algo que marcou muito: “Que vocês, jovens, conservem o amor de Deus no caminho, na verdade e na vida”. Espero que realmente o amor faça de nós grandes pessoas, grandes pregadores, já que somos o futuro da humanidade!

Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que colaboraram com a nossa caminhada, material e principalmente espiritualmente.

Luciana de Castro Nascimento, 17 anos.
MJD – Porto Nacional

Veja algumas fotos da Caminhada:

Paz e bem!
MJD BR – Movimento Juvenil Dominicano do Brasil

Caminhada Orante 2011

Dando continuidade às atividades deste ano, os jovens dominicanos realizaram no último feriado de Corpus Christi (22 a 26 de junho), mais uma caminhada orante.

Os 16 jovens de São Paulo e Curitiba caminharam cerca de 96 km entre as cidades de Cravinhos e Tambaú interior de São Paulo. O trecho percorrido corresponde a uma parte do trajeto do Caminho da Fé, caminho inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), para dar estrutura a pessoas que faziam peregrinações ao Santuário Nacional de Aparecida.

Durante a caminhada os jovens vivenciaram momentos de alegria e tranqüilidade com as belas paisagens que o caminho proporciona bem como a pratica do despojamento, reforço da humildade e simplicidade e o exercício de oração.

Parabéns a todos que participaram!

Paz e bem!
MJD BR – Movimento Juvenil Dominicano do Brasil

Crédito das fotos:
– Mapa: Divulgação – Site Caminho da Fé
– Fotos: Paula Daniela Alves

Caminhada Orante 2010

Não tenho como explicar em palavras a experiência de uma caminhada orante, nem mesmo com fotos ou vídeos… só quem se aventura e se põe a caminho em solidão e despojamento é que sabe qual é esse sentimento de entrega e superação que brota em cada um de nós, peregrinos.

Sempre nos falavam de que ao arrumar a mala deveríamos pensar em cada grama a mais que levaríamos de bagagem. 100 gramas, o peso de um pãozinho, levado a cada quilometro percorrido me parecia bem mais de um quilo no final de cada dia. E foram 3 dias – 75 km – para chegarmos à Basílica de Aparecida, os e os dados quase que as cegas, se deixando levar por algo sem saber bem o que era.

Saímos de Campos do Jordão às 7 horas da manhã. Tempo frio, beirando os 8 graus e ainda abençoado por uma leve garoa.

Estávamos em 16 jovens das mais diferentes realidades, unidos sob o desejo de chegar em nosso destino da melhor forma possível. E assim que se sucedeu! Caminhamos durante três dias, 35, 20 e 20 quilômetros respectivamente. Bolhas, câimbras, cortes… troféus recebidos a cada jornada conquistada. São tantas belezas, tantas pessoas que nos acolhem, tanta aventura, sentimentos que explodem após o medo de não chegar, que as mais simples situações, como descer de Campos do Jordão a Pindamonhangaba por uma trilha paralela aos trilhos do trem, nos fazem perceber que somos fortes quando nos construímos com a cabeça forte.

Fernando Pessoa tinha plena razão quando meditava:

“Quem quiser ar para além do Bojador, tem que ar por além da dor…”

O corpo chegava moído no fim de cada dia, mas a cabeça, por encarar as dificuldades como pequenas delícias a serem superadas, permanecia sóbria e gozosa de estar em plena superação.

Valeu a pena! Para pessoas de visão curta essa caminhada não aria de uma caminhada perigosa, um tempo desperdiçado ou um grande sofrimento frente aos “prazeres” que o mundo pragmático nos oferece. Digo que encontramos algo que se fazia teoria antes do primeiro o na saída de Campos. Deus está em todas as coisas, e nos acompanha e intercede em cada momento. E digo ainda que não de forma metafórica, mas tão real quanto O vimos e sentimos!

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”

De fato, as palavras são incapazes de descrever esse sentimento… Fica aqui o convite para, quem sabe um dia, você estar conosco nessa aventura!

Paz e bem!
MJD BR – Movimento Juvenil Dominicano do Brasil